domingo, 3 de setembro de 2017

A ejaculação da Injustiça

Talvez se arrume todos os dias para ir ao trabalho, ou à faculdade; ou faça tudo isso e tenha que cuidar de casa porque é mãe solteira... ou será que tem relacionamento com um cara machista que acha que ela tem de fazer coisas de casa e não gosta que ela estude/trabalhe.
 Hoje essa é nossa realidade, há um tempo atrás era outra. A mulher nem podia estudar ou trabalhar, e quando o fazia eram profissões divididas. Mas ainda se teme por assédios parecidos e como o que aconteceu no Brasil esses dias. Em transporte público nesse caminho da independência a moça teve de levar uma ejaculação no pescoço para a justiça não fazer nada com relação a isso, porque um juiz resolve que tal ato não pôde ser considerado estupro; que o cara é louco e não tinha noção. 2/09, pela décima sétima vez o sujeito pratica esse ato repudiável e enfim vai preso.
 Esses dias, numa clínica médica havia uma conversa da senhora que emanava uma força tremenda. Era cozinheira em uma casa, e segundo ela ninguém a dobrava. Me admirei tanto com a personalidade que prometi a mim que escreveria algo a citando. Como será que foi sua juventude?
 Por fim chega o futuro... se espera que não haja regressão com tanto conservadorismo nos patamares mais altos, assim como no livro O Conto da Aia, Margaret Atwood, 1985, onde após uma guerra nos Estados Unidos as mulheres perdem toda liberdade e cada uma tem determinada função. As Aias, simples reprodutoras, as esposas dos comandantes que são os caras poderosos e as martas, que cuidam da casa. Claro que é uma distopia, mas serve em alguns pontos discutidos aqui como a submissão e a objetificação feminina.

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